domingo, 28 de julho de 2013

Série Orixás na Umbanda - Nanã, Silêncio, Respiração e a Lenda da Uapê-Jaçanã.

Foi muito especial o estudo e vivência sobre a Yabá Nanã, realizado ontem, 27, na Sementeira Pinta Céu da Tenda de Umbanda Luz do Oriente.

Iniciamos, como sempre, resgatando os aprendizados já realizados desde o primeiro sábado: Pretos e Pretas Velhas; Série Orixás na Umbanda e compreensão dos nove Orixás que louvamos na nossa Tenda; Série Orixás na Umbanda - Xangô; Erês e entramos, na Série Orixás na Umbanda, em Nanã.

Na entrega do texto às crianças, Sophia logo se encantou com a flor da Vitória-Régia, ou Uapê-Jaçanã, conforme os índios a chamam, e que é um fundamento de Nanã. Sophia lembrou da Lenda da Vitória-Régia e as crianças foram lembrando das várias Lendas da Amazônia. Nesse momento, resgatamos o ensinamento de Mãe Ita que nos revelou, certa vez, que a Encantaria começou a baixar entre os ribeirinhos, primeiramente na forma de animais que curavam, daí nasceram as Lendas da Amazônia. Pedimos, então, às crianças que tragam, em nosso próximo encontro, a Lenda da Vitória Régia e também uma lista de Lendas da Amazônia que iremos ler e identificar, nelas, os Guias de Luz da Encantaria. O compromisso foi assumido por Enzo, Clara, José, Yuri e Sophia. Aguardamos.

Durante a leitura do texto, ao final de cada parágrafo, fazíamos um comentário ressaltando alguns aspectos importantes sobre a Yabá Nanã. Logo ao início, após a leitura das palavras da Vovó Maria Conga, fizemos um silêncio e observamos, cada um, a própria respiração.

Quando chegamos no trecho que afirma o conceito de Raios por Mãe Ita: "Raios são as vibrações das qualidades Divinas, que atuam em todo o Cosmos, e que são dirigidos por Divindades, que são ou não de nossa Evolução humana, como Grandes Mestres e os Sagrados Orixás" "Todo Raio é Luz, toda Luz é som, todo som é movimento e frequência." Reforçamos a realidade dos Orixás para além do nosso Universo, e compreendemos que nosso Universo, esse que os satélites da Nasa registram em belas fotos e que possui milhares de galáxias como a nossa, a Via-Láctea, esse nosso Universo é um pontinho minúsculo no Cosmos. As crianças se assustaram, porque nossa mente humana não consegue alcançar essa grandeza.

Muitas questões vieram à tona em forma de perguntas, reflexões e sínteses sobre a Mãe Cósmica, Cosmos, Universos, Obaluaê, Raio, Chama Violeta, Transmutação, Vida e Morte. Respondemos à Luz da Umbanda as questões levantadas, mas sobretudo, propusemos às crianças que, para além das respostas imediatas, elas reflitam, sintam, pesquisem e tragam, em nosso próximo encontro.

Após a leitura do texto, as crianças pintaram os desenhos impressos e enquanto pintavam, perguntamos se alguém saberia dizer porque a borboleta é animal de Nanã. Segundos de silêncio. Então lembramos que Nanã é Transmutação e imediatamente três crianças, ao mesmo tempo, responderam que a borboleta é animal de Nanã porque ela se transforma de lagarta em borboleta, após sair do casulo.








Interessante notar que havia poucas crianças, se compararmos aos demais sábados, e que o trabalho da Sementeira Pinta Céu ocorreu, nesse sábado, 27, especialmente sereno, silencioso e suave. Saluba!









Fechamos agradecendo à Umbanda Sagrada, a todos os Orixás, à Mãe Nanã e a Pai Obaluaê, à nossa Tenda Luz do Oriente, a Pai Tupinambá, Chefe da nossa Casa, à Mãe Ita, Mãe Mariana, Seu Zé Pelintra, e à Ibejada que nos acolhe nesse trabalho de amor e luz!

Para o próximo sábado teremos a leitura e interpretação da Lenda da Vitória-Régia e iniciaremos o estudo e vivência sobre os Exus e Pombogiras, já que entraremos em agosto, mês desses amados Guardiões da Luz, Executores da Lei Divina! Dica: no site da Tenda, bem ali no cantinho direito acima, no link aulas de Mãe Ita, há maravilhosos ensinamentos sobre a Umbanda e sobre os Exus e Pombogiras. Estudem, leiam e vamos aprofundar em nossos encontros de agosto.






*






sábado, 27 de julho de 2013

Série Orixás na Umbanda - Nanã, a face da Transmutação da Mãe Cósmica

Hoje vamos compreender e vivenciar a perene, permanente, eterna vibração da Yabá Nanã, a Grande Mãe Cósmica na sua dimensão Anciã, Transmutadora. Ontem, 26 de Julho, foi dia de louvar nossa amada Grande Mãe, Nanã. Saluba!

Abaixo, o texto que servirá de base para nossas conversas de hoje.



Saluba, Nanã!
26 de Julho – Dia de louvar a Grande Mãe Nanã.

"Quem quer encontrar Nanã... Nanã está no intervalo entre o inspirar e o expirar... no intervalo entre a inspiração, que é a vida, e a expiração, que é a morte; nesse intervalo imperceptível da respiração é que está Nanã..." Palavras Luzes da nossa amada Vovó Maria Conga na Tenda de Umbanda Luz do Oriente. Saluba, Nanã! Atotô, Obaluaê, Ajuberô! Adorei as Almas! Saravá a Umbanda Sagrada!

As Yabás são as quatro faces da Mãe Cósmica, a Grande Mãe, uma Realidade Divina. Nanã é a face Divina da Mãe Cósmica, que depois da Concepção de Oxum (Maria Moça), e da Geração de Iemanjá (Maria Matrona), temos a Transmutação com Nanã (Maria Anciã), sem esquecer Iansã, a Yabá do elemento Ar, que conduz esses fluxos de vida das Três Yabás das águas.

Nanã carrega, juntamente com seu "filho" Obaluaê-Omolu, o Raio da Ancestralidade para o nosso Plano (que aqui não se limita só a dizer terrestre), o Raio Branco da Criação, daquilo que é mais Antigo. Esse Raio ao chegar em nossos planos vibracionais, matiza-se em Branco-Violeta. Lembrando o conceito de Raios por Mãe Ita em nossas aulas: "Raios são as vibrações das qualidades Divinas, que atuam em todo o Cosmos, e que são dirigidos por Divindades, que são ou não de nossa Evolução humana, como Grandes Mestres e os Sagrados Orixás", essas vibrações ao penetrarem a atmosfera de nosso Planeta, tanto no plano físico quanto em suas contra partes etéricas, os planos astrais, se transformam em cores. Todo Raio é Luz, toda Luz é som, todo som é movimento e frequência.

Nanã vibra o Raio branco matizado com o roxo, ou violeta , ou ainda lilás é a frequência da Transmutação, e é usado pelos Pretos Velhos, Mestres da Divina Magia e representantes desses Dois Orixás Nanã, a Anciã, e Obaluaê - Omolu. Nanã tem seu ponto de referência, ou Portais Naturais, pelas águas paradas, escuras, os mangues. Ela, e só Ela, carrega a Chama da Vida/Morte, e não simplesmente dos desencarnes e reencarnações, mas de uma dimensão Cósmica, da Grande Lei da Vida e de suas miríades de Evoluções desconhecidas e obscurecidas por nossas concepções ainda limitadas. Nanã é a Grande Senhora que nos impulsiona à necessidade da Transmutação, dos eternos ciclos divinos. Seus assentamentos naturais nas águas "mortas" "paradas", "profundas" e "escuras", como a "morte" indicam que Ela está "parada”, e que a morte é uma ilusão, pois nada na Criação é inerte.




Saluba Nanã!















O texto foi editado a partir das aulas de Mãe Ita sobre Nanã, no site da nossa Tenda de Umbanda Luz do Oriente. Para ler na íntegra, clique aqui.

domingo, 21 de julho de 2013

Erês, Pacto de Fé e Arte Coletiva. As Sementinhas Pintaram o Sete!

Nesse sábado, 20 de julho, estivemos novamente de frente pros sentimentos inversos. Primeiro recuperamos o que havíamos feito no sábado passado, e as crianças que não estavam presentes naquele momento, puderam também conhecer a história da cartolina e participar. Em seguida, as sementinhas pintaram e repintaram a cartolina que ia girando e girando sobre a mesa, a cada 10 minutos. 

Foi interessante ver como tiveram que se desapegar e abrir mão daquilo que haviam delimitado como "seu espaço" na cartolina (ver post abaixo). No começo, procuravam seu desenho, mas, aos poucos, foram compreendendo que não havia mais "seu" desenho, mas um único grande desenho formado pelos desenhos, rabiscos, pinturas e palavras de todos.




O Heitor e a Sophia preferiram brincar na esteira de joguinhos de montar palavras, e com as letras montaram ruas, aviões, castelos, cobras, e mais belezuras... ah, e o Heitor fez cara de mau, mas sorriu e brincou o tempo todo, e até mesmo quando disse que na foto só fazia cara de mau... rsrssss...


Pelo meio do trabalho com a cartolina, pedimos o silêncio e começamos a conversar sobre os sentimentos inversos, transversos, complexos... perguntamos às crianças: "-o que é melhor: sentir alegria ou tristeza?" "-Alegriaaaaaa!!!" "-Mas se sabemos que é melhor sentir alegria, porque sentimos tristeza, às vezes?" Silêncio, até que uma das crianças soltou: "-ah, nem sempre a gente escolhe, né?" "-Ééééé..." "-Mas tem algo que a gente pode escolher, querem saber?" "-Queremoooooos!!!" "-Quando a gente sentir tristeza, raiva, desejo de vingança, medo, dor, a gente pode escolher algo muito especial e que pode ajudar a gente a melhorar um pouco, ou melhorar até muito...o Axé dos Erês!" Silêncio repentino, olhares expressando descoberta... "-Vamos escolher o Axé dos Erês, sempre que um sentimento difícil envolver a gente?" "-Vamoooooooooos!!!" E eles ficaram realmente surpresos e felizes ao perceberem que poderiam contar com o Axé dos Erês nos momentos difíceis da vida.

Então falamos, novamente, sobre como sentir o Axé dos Erês. Lembramos da vivência dos olhos fechados, em silêncio, e de quando puderam sentir o Axé. Então, fizemos um pacto: mãos sobre mãos "-Vamos sempre lembrar de sentir o Axé dos Erês quando algo de ruim acontecer em nossas vidas?" "-Vamooooooos!"

Ao final do trabalho desse sábado, uma foto com a obra de arte coletiva.


Depois as crianças arrumaram a bandeja e as letrinhas, mas decidiram continuar brincando e pintando mais um pouco, porque não poderíamos correr, já que a luz do poste estava apagada e tudo estava muito escuro lá fora.



A obra de arte coletiva, em sua versão quase final, já pendurada na parede de exposição da Sementeira Pinta Céu, na Tenda de Umbanda Luz do Oriente.



E assim vivenciamos mais um de tantos e tantos sábados de delícias, risos, aprendizados e amor. Saravá a Umbanda Sagrada! Saravá a nossa amada Tenda de Umbanda Luz do Oriente! Saravá a Sementeira Pinta Céu, e todas as crianças! Amor, Alegria, Luz e Paz!


*




domingo, 14 de julho de 2013

Erês, Sentimentos, Trabalho Coletivo e Maravilhosas Surpresas!

Sementeira, sábado, 13 de julho, de pura alegria!

Começamos com as conversas tantas... as crianças sempre trazem questões do cotidiano, de suas vidas, alegrias e tristezas, dúvidas e incertezas. Bem no comecinho do trabalho elas falam muito, todas ao mesmo tempo... com muito respeito, vamos pedindo para que elas falem uma de cada vez para que sejam escutadas pelas demais. 

Então, vem as histórias: uma arrancou o dentinho, outra dedurou o irmão que brigou na rua, outro perdeu o celular, outra ganhou uma rosa da Vovó Maria Conga, eles sempre querem compartilhar com os demais. Nesse momento, quando eles falam, já há intenso trabalho sendo feito pelos Erês e Guias de Luz, com as crianças. Sentimos que certas energias densas são desintegradas, ao mesmo tempo em que as alegrias e emoções construtivas são distribuídas, inundando a todos.

Ah, e eles sempre querem saber se vamos brincar lá fora. Nessa noite combinamos assim: vamos fazer a leitura do texto sobre os Erês (leia aqui), depois duas atividades e aí, sim, vamos brincar lá fora!

Passamos, em seguida, à leitura do texto sobre os Erês e após uma rápida conversa, já que eles não expressaram ainda dúvidas sobre o texto, iniciamos a pintura das imagens presentes no texto. Nas fotos, o registro das crianças pintando. 





As crianças que terminavam, podiam ir brincar na esteira de joguinhos de montar letras e números.



O TRABALHO COLETIVO - Em seguida, iniciamos a segunda atividade, ainda não concluída, que será retomada, mais profundamente no próximo sábado. Foi pedido para que eles pensassem em sentimentos opostos: alegria/tristeza, amor/ódio, amizade/raiva, perdão/vingança e assim por diante. Eles pensaram e disseram. Em seguida foi pedido para que cada um escrevesse ou desenhasse na cartolina um sentimento positivo e seu contrário.

Foi dito que iriam compartilhar a mesma cartolina, que seria um trabalho coletivo e que teriam que respeitar o espaço de cada um que é o espaço de todos. Imediatamente, alguns delimitaram seu espaço, traçando um quadrado onde iriam fazer seu desenho; embora estivessem usando a mesma cartolina, quase não houve interação dos desenhos no papel. Cada qual fez o seu. Alguns desenharam pessoas em posições que expressavam sentimentos opostos, outros apenas escreveram as palavras.

Ao final do desenho coletivo, perguntamos o que haviam sentido quando se referiram aos sentimentos opostos. Por exemplo: foi diferente quando desenharam ou escreveram amor ou ódio? Eles disseram que não.

No sábado que vem, vamos observar nossos sentimentos em relação aos sentimentos opostos e vamos interagir quanto ao desenho coletivo. Aguardem, sementinhas! <3


Agora, vejam algumas das pinturas e olhem que lindas surpresas as sementinhas nos prepararam. 

Obs: na quarta-feira, postaremos todas as pinturas e desenhos aqui no Blog. Sofia e Dandara também fizeram desenhos lindos no verso do papel. Confiram.


Acima, o Yuri, inspirado, desenhou o colorido dos Erês no verso do texto.



Acima, olhem que beleza de desenho do José, homenageando Seu Exu Caveira! Laroiê!

PIRA-AJUDA - Depois das duas atividades após a leitura do texto, nos organizamos pra brincar lá fora. Fizemos uma votação em dois turnos para decidir qual a brincadeira e venceu a pira-ajuda. Então, eles brincaram muito, correram muito, sempre respeitando as regras de limites de espaço. Foi muito bom!

SEU ZÉ E RAFAEL - Voltamos ao Congá, porque queríamos todos ver a chegada e o trabalho do nosso amado e divino Mestre Seu Zé Pelintra. E a mais bela das surpresas aconteceu: nossa sementinha, o Rafael, deu um show de interação junto com seu Zé! Brincou, saravou, foi até pro tambor e, por dois minutos, batucou bonito na curimba!

O Rafael dando show na Curimba. 
O click é da Rosa Vasconcelos.

Pois é, Sementeira Pinta Céu é pura sintonia, alegria, trabalho profundo dos nossos bons Guias de Luz com nossas sementinhas amadas. Gratidão, gratidão, gratidão à nossa Umbanda Sagrada e à nossa amada Tenda de Umbanda Luz do Oriente! <3




*