"Lenda do Pégaso
Jorge Mautner e Moraes Moreira
Era uma vez, vejam vocês, um passarinho feio que não sabia o que era, nem de onde veio
Então vivia, vivia a sonhar em ser o que não era voando, voando com as asas, asas da quimera
Sonhava ser uma gaivota porque ela é linda e todo mundo nota
E naquela de pretensão queria ser um gavião e quando estava feliz, feliz, ser a misteriosa perdiz
E vejam, então, que vergonha quando quis ser a sagrada cegonha e com a vontade esparsa sonhava ser uma linda garça
E num instante de desengano queria apenas ser um tucano e foi aquele, aquele ti-ti-ti quando quis ser um colibri
Por isso lhe pisaram o calo e aí então cantou de galo sonhava com a casa de barro, a do joão-de-barro, e ficava triste
Tão triste assim como tu, querendo ser o sinistro urubu
E quando queria causar estorvo então imitava o sombrio corvo e até hoje ainda se discute se é mesmo verdade que virou abutre
E quando já estava querendo aquela paz dos sabiás cansado de viver na sombra, voar, revoar feito a linda pomba
E ao sentir a falta de um grande carinho então cantava feito um canarinho e assim o passarinho feio quis ser até pombo-correio
Aí então Deus chegou e disse: Pegue as mágoas pegue as mágoas e apague-as, tenha o orgulho das águias
Deus disse ainda: é tudo azul, e o passarinho feio virou o cavalo voador, esse tal de Pégaso
Pégaso... Pega o Azul"
Escutem a música, que é linda, vejam a letra dessa bela canção e reflitam: porque querer ser o outro? Somos o que somos e isso é muito bom! Ninguém possui as belezas e profundidades que possuímos, somos um mundo próprio, ligado ao Todo, que é muito mais que esse planeta, que essa galáxia, e que também vibra dentro de nós, no que Somos, de verdade: a Vida de Luz, criação Divina!
Nossos corpos são sagrados e sintamos gratidão e alegria por sermos quem somos e como somos. Com esses corpos, podemos aprender a amar nossos irmãos e irmãs e nos dedicar a ajudar a quem precisa, por isso, que nossos corpos, nossos sentimentos, nossas vontades possam servir à Luz!
Saravá a Umbanda Sagrada, sementinhas!
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