domingo, 24 de novembro de 2013

Série Orixás na Umbanda: Eparrei Oyá! Sementeira entre Raios e Trovões.

Sementeira, ontem, era o próprio furacão, agitação pura, a alegria e as brincadeiras estavam coriscando nos raios de Iansã no sábado, 23. Grande parte do encontro foi riso solto, brincadeiras, eletricidade no ar... Eparrei Oyá!

Foi feita a leitura coletiva do texto base e uma reflexão conjunta. Bem no comecinho do trabalho, foram trazidas algumas falas de Mãe Ita sobre o tempo e foi pedido para que as crianças relatassem a primeira lembrança da vida e também o que cada uma diria a si mesma nesse encontro com seu eu no passado... falamos muito sobre o tempo... e depois falamos sobre o raio e as cores de Iansã, já que tínhamos sido abençoados com aquela linda e forte chuva, com raios e trovões, a tarde inteira, no dia de estudo e vivência sobre Iansã. Lembramos que, embora Iansã não seja uma Yabá da água, mas nas chuvas e tempestades, há água, agindo no ar e ar agindo na água. Entendemos, então, que a água também pode ser considerada elemento de Iansã.

Estudar, compreender, vivenciar a força de Iansã foi realmente lindo, especial, vigoroso!

Agora vejam a nossa agenda para os próximos encontros.

Agenda Sementeira
No próximo sábado, 30, Sementeira ira mergulhar nos mares de Iemanjá. 
No dia 07 teremos nossa Louvação às Yabás.
No sabado seguinte, 14 de dezembro, vamos brincar com argila... será lindo! E só Sementeira sabe... shhhhshhhh... surpresa pra homenagear o Divino Malandro que as Sementinhas simplesmente amam... (e quem não ama, não é mesmo??? rsrsss)... aguardem!!! ;)



Sementinhas em ação!



 

Confiram as belezas criadas pelas crianças em homenagem à Yabá Iansã!











EPARREI OYÁ!!! 

SARAVÁ A UMBANDA SAGRADA!!!

SALVE A TENDA DE UMBANDA LUZ DO ORIENTE!!!




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sábado, 23 de novembro de 2013

Série Orixás na Umbanda: Yabás - Iansã. Eparrei Oyá!


E vem se aproximando nossa Louvação às Senhoras Yabás... as Faces da Mãe Cósmica, polaridade Divina feminina e Sementeira aprofunda o estudo sobre as Grandes Deusas.

Já trabalhamos a Deusa Nanã, Mãe de Todos e Todas, assim como também trabalhamos a Senhora Oxum, na época do Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Então, no texto que será usado hoje, Sementeira reforça as percepções gerais sobre as Yabás, se concentrando em Iansã, Senhora dos Tempos, dos Raios, das Tempestades que levam e limpam... Espiem um pouco do que será a Sementeira, hoje... sim, um pouco porque há muuuuuuito mais... há a emoção das sementinhas, suas lindas artes, palavras, seus olhares... olhem aí...

AS YABÁS são a "face feminina" do Divino Pai Criador, são as quatro faces da mãe Cósmica. Maria, Mãe de Jesus, quando encarnada, assumiu aspectos das Yabás assim como sua própria Mãe, Ana, assumiu foi uma Nanã, encarnada. Assim, dentro dos Arquétipos, podemos dizer que Yemanjá é Maria Matrona; Oxum, Maria Moça; Nanã Maria Anciã e Iansã Maria guerreira; mas lembrem que é só pra ilustrar. 

As Yabás são Orixás que pertencem à polaridade Feminina, dentro de nossa dualidade. Os Orixás, emanações de Deus, não pertencem à evolução humana, são um mistério Divino que desvendamos, conforme os "véus" vão caindo. 

Yemanjá, Oxum, Nanã e Iansã, são consideradas e cultuadas na Umbanda. Quando sentimos seus raios vivos em tudo, na natureza e em nós, já que tudo é unidade, podemos perceber que Yemanjá é a Geradora, Oxum é a Estabilizadora, Yansã é a Condutora e Nanã é a Transmutadora.


IANSÃ

Dessas quatro Senhoras Orixás, apenas uma não pertence diretamente o elemento água, que é Iansã, cujo elemento é o ar, sendo também associada aos fenômenos de Tempo, como tempestades, furacões, tufões etc, numa combinação com o também elemento fogo. 

Oiá, como também é chamada, traz a  palavra que podemos associar a seu Mistério: CONDUTORA. Esse Mistério nos indica que a Ação de Oiá é a do mais puro Movimento, dos Sentidos Divinos, que se encontra em toda a Criação de Deus. Não é só o Tempo, como fenômeno meteorológico que está associado à Oiá, mas também o Tempo no sentido de passagens, que nós o entendemos e vivenciamos de uma forma muito limitada mesmo. Segundo os Cientistas da Física, nós não temos só esse tempo que vivenciamos, mas passado, presente e futuro, podem estar em uma ordem, que não temos ainda a condição de entender. Mãe Ita em suas aulas nos alertou, que o Tempo não é como entendemos.

E o seu tempo, interior e exterior, como está? Os tempos da sua vida? Os tempos de mudanças? Como você está vivendo isso?

Oiá é Guerreira, pois não pode movimentar, conduzir, se não "guerrear", já que é de sua absoluta Natureza o Movimento Cíclico. Assim, a força natural desse Movimento gera sempre uma "violência", que é necessária para manter a ordem das coisas. Mas, como depois de uma tempestade, a atmosfera fica limpa, Oiá nos leva a esse sentido de compreensão da necessidade da Força Divina, para se conquistar a paz. Iansã é guerreira, porque ninguém conduz, sem ser desafiado. Essa é a face Guerreira da Grande Mãe cósmica.

Oiá carrega os raios vermelho, laranja e rosa.

ÊPARREI OIÁ! Significa Olá com admiração. Esse espanto de grandeza de admiração ao ver a Orixá e dizer a ela Olá Iansã, Olá Oyá.


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Flores em Coração

No sábado, 16, relembramos o encontro passado no qual vivenciamos o Axé maravilhoso da Umbanda, em comemoração aos 105 anos. Conversamos, também, sobre a Sementeira, escutamos o que cada um acha, sente... revivemos momentos de desenhos, brincadeiras, ensinamentos... rimos com o João que ganhou um apelido do seu Zé, e nos emocionamos com o José, que sente um amor muito grande pelos Pretos Velhos, e sempre que pode vai cumprimentá-los, e assim foi com cada Sementinha que trouxe sua bela história de vivência na Umbanda sagrada.

Então começamos a conversar sobre o que representa uma semente... Emanuele falou que sementes são ciclos, que aprendeu na escola que elas "nascem, crescem, reproduzem e morrem", e conversamos muito sobre esses ciclos, vendo que, se cuidarmos bem da semente, ela vai crescer e se tornar uma bela árvore. E isso, não apenas para o reino vegetal, mas também para os animais e todos os elementos da natureza, que ajudam a sementinha a se desenvolver, como o sol, a água, o vento, as formiguinhas que espalham as sementes, as abelhas, as borboletas, os pássaros, e todos os demais animais que as próprias crianças iam citando.

Neste momento muito rico do debate em grupo, a Maria Clara sugeriu fazer uma brincadeira: todos agachados, como se fossem sementes que seriam regadas; os que não fossem regados com amor e atenção, não poderiam crescer; e assim foram todos regados, uns regando os outros, e assim refletimos sobre mais um aspecto da Sementeira: das flores que plantamos, mais flores virão e assim por diante... Novamente falamos sobre ciclos e que a vida pode ser um ciclo, mesmo quando morremos podemos voltar a sermos sementinhas e florescermos novamente.

Refletimos, ainda, que somos sementes dessa divina, bela e abençoada grande árvore, grande Portal de Luz, a Umbanda sagrada e que devemos procurar ter muito zelo para com o que aprendemos, pra que possamos florescer. Ao final cada criança plantou uma florzinha em um vaso e todas arrumaram as flores em formato de coração e, de mãos dadas, fizemos uma oração pra agradecer por tudo o que vivenciamos. 

Em seguida cantamos parabéns para o José e a Sofia que fizeram aniversário e levaram gostosuras para compartilhar esse momento importante da passagem da vida com todos e todas nós. Que sábado lindo!!! Foram tantos sentires, parabéns e três comemorações: aniversários de José, Sofia e da Umbanda sagrada. Saravá!!! <3



domingo, 10 de novembro de 2013

Sementeira AMA a Umbanda Sagrada!

Nesse sábado, 09/11, Sementeira começou o estudo sobre aspectos da história centenária da Umbanda, e alguns fundamentos da Umbanda milenar. Dois textos bases (publicados nas duas postagens anteriores a essa) foram coletivamente lidos pelas crianças. Questões, dúvidas, detalhes que chamaram a atenção, foi muito rica a leitura e reflexão conjunta!

Em seguida, usamos o método do silêncio para sentir o Axé. As crianças fecharam os olhos e silenciaram, por um tempinho, para responder às perguntas: o que é a Umbanda para ti? Como sentes a Umbanda na tua vida? Após o silêncio, olhares, sorrisos e desenhos... as crianças desenharam aquilo que sentiram...

OS DESENHOS FALAM DO AMOR À UMBANDA, confiram, abaixo, alguns registros desses momentos muito especiais na Sementeira:

 
Sementinhas lendo o texto conjuntamente...
 

 
Olhinhos fechado e silêncio... Axé...
 

Painel atualizado com os desenhos das crianças sobre a Umbanda

Ponto riscado da Tenda em meio a muito Amor, Luz, Fé, Energia linda!

Seu Zé, amado pelas sementinhas...

Seu Zé e o poste... reparem no detalhe do prédio...

...outra criança, do outro lado da mesa, fez um desenho parecido,
nesse caso, com um Preto Velho...

A Curimba sagrada...

Um alguidar...

Umbanda é do Brasil...

Coração nas Matas... Os Reinos sagrados do Juremá...

Aqui um livrinho... abaixo, abrimos cada página.
A criança desenhou fundamentos dos Orixás e os identificou no verso da folha,
sempre usando as cores de cada Raio.




Lindo! Escultura em argila do Yuri... "um negro gato de arrepiar..."


SARAVÁ A UMBANDA SAGRADA, MARAVILHOSA, MAGIA BRANCA DE ALTA LUZ, PORTAL DIVINO NA TERRA! SEMENTEIRA AMA A UMBANDA!





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sábado, 9 de novembro de 2013

A Umbanda milenar, em seu aspecto esotérico


Na postagem anterior, vimos o nascimento da Umbanda em seu aspecto exotérico, exterior, em termos dos rituais e cultos que se apresentam a todos que adentram uma Tenda de Umbanda. Mas há um arcabouço, uma base profunda de mistérios milenares sobre a qual a Umbanda está fundada. No domingo passado, a Matenta nos falou sobre isso no Seminário, lembram, Sementinhas que lá estavam? Pois bem, vamos, então, ler um pouco, compreender e sentir o que é a Umbanda em seu aspecto esotérico, hermético e misterioso. A raíz sobre a qual está firmada essa grande e abençoada árvore, esse Caminho de Luz que é a Senda, a nossa Umbanda Sagrada.



A história antiga da humanidade, em grande parte se constitui um enigma. Lendas como a da Esfinge, há estudos que provam que ela data de 12.000 a.C. a 10.500 a.C., enquanto que a história divulga que data de apenas de 4.000 a.C.  As pirâmides que não são encontradas somente no Egito, e atualmente os Crop Circles que ocorrem nas áreas rurais em todos os continentes. O que interliga todos esses eventos? A existência da Atlântida. 

Foi Platão em seus escritos quem primeiro falou da existência de uma ilha, então submersa, à qual foi dado o nome de Atlântida. Platão tomou conhecimento da Atlântida através de Sólon, que, por sua vez lhe foi referida por sacerdotes egípcios. Estudos apontam que Atlântida não era uma ilha e sim um imenso continente que se estendia desde a Groenlândia até o Norte do Brasil.






Os primeiros Atlantes julgavam a si pelo caráter e não pelo que tinham, e viviam em harmonia com a natureza. Sua vida era essencialmente espiritualizada. Possuíam grandes poderes espirituais o que lhes conferia completo domínio sobre o corpo. Usavam naturalmente a mediunidade como rotina. Eram sociedades tecnologicamente muito avançadas e, com o passar do tempo, novos métodos de agricultura foram implementados, a educação expandiu e os bens materiais começaram a assumir um grande valor em suas vidas. Começaram a ficar cada vez mais materialistas e os valores psíquicos e espirituais foram decaindo. Uma das consequências foi a perda da capacidade mediúnica rotineira e de suas habilidades intuitivas e telepáticas por falta de treinamento e uso, a ponto de começarem a desacreditar na vida espiritual.

Estudos indicam que dois grupos diversos tiveram grande poder nessa época: "Os Filhos de Belial", que trabalhavam pelo prazer, tinham grandes posses, mas eram espiritualmente imorais; e "As Crianças da Lei Um" que invocavam o amor e praticavam a reza e a meditação juntas, esperando promover o conhecimento divino. 

Logo após essa divisão da civilização atlante, ocorreu a primeira destruição da Atlântida, quando grande número de imensos vulcões entraram em erupção. Uma parte do povo foi para a África onde o clima era muito favorável e possuíam muitos animais que podiam servir como fonte de alimentação. Ali os descendentes dos atlantes viveram bem e se tornaram caçadores. Uma outra parte direcionou-se para a América do Sul onde se estabeleceu na região onde hoje é a Bacia Amazônica. Biologicamente os atlantes do grupo que foi para a América do Sul começaram a se degenerar por só se alimentarem de carne pensando que com isso iriam obter a força do animal, quando na verdade o que aconteceu foi uma progressiva perda das habilidades espirituais.

Posteriormente, os que permaneceram no resto de Continente recomeçaram tudo, recriando as cidades que haviam sido destruídas, e buscando unificar a ciência com o desenvolvimento espiritual. Começaram a trabalhar com as Forças da Natureza, possuíam alto conhecimento sobre os cristais, que usavam para cura e como grandes potencializadores energéticos; tinham grandes conhecimentos sobre as pirâmides, que eram usadas para iniciações espirituais, como grandes condutores e receptores de energia cósmica, onde os estados de consciência e o sentido de espaço-tempo eram alterados e tinham grande conhecimento da engenharia genética, o que os levou a tentar criar “raças puras”, que não possuíssem nenhum defeito. Pensamento que, deturpado, persiste até hoje como sistemas de castas e raças puras.
Antes da catástrofe final os Sábios e Sacerdotes atlantes e muitos seguidores, cientes do que iria ocorrer, emigraram para vários pontos do planeta, mas principalmente para três regiões: nordeste da África onde deram origem a civilização egípcia; América Central, onde deram origem a Civilização Maia; e noroeste da Europa, onde bem mais tarde, na Bretanha, deram origem à Civilização Celta.


A Umbanda é o resgate, pelo Amor e Caridade, dessa LUZ original, inicial de Atlântida sobre a Terra, com o objetivo de retomar o Caminho de volta ao Criador, Olorum, Zambi, Deus. Esse Caminho é a Senda.









terça-feira, 5 de novembro de 2013

Novembro - 105 Anos de Fundação da Umbanda - Quanta LUZ, FÉ, AMOR E CURA! Que grande ALEGRIA!

Sementinhas, nos próximos dias 15 e 16 de novembro, nossa sagrada Umbanda faz aniversário! Vamos relembrar essa história cheia de Força, de Fé, de Luz que foi e é a fundação da Umbanda que, em seu aspecto exotérico é centenária, mas em seu aspecto esotérico, profundo, oculto, hermético, é milenar!

O jovem Zélio Fernandino de Moraes, de família nobre e católica na cidade de Niterói - RJ, adoecido, não encontrava cura médica e foi aconselhado a procurar um centro espírita. No dia 15 de novembro de 1908, em uma mesa branca na Federação Espírita de Niterói, Zélio recebeu, pela primeira vez o Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas. Foi rejeitado pelos dirigentes da Federação que não aceitaram a presença iluminada do Caboclo e Ele então proclamou que no dia seguinte iria abrir um novo culto no Brasil. Em 16 de novembro de 1908 ocorreu a primeira sessão de Umbanda em nosso país.

E agora escutem, na voz do grande médium Zélio Fernandino de Moraes, ele mesmo, em pessoa, contando tudo o que ocorreu quando da fundação da Umbanda Sagrada naqueles idos  dias do ano 1908.



Confiram mais detalhes dessa linda história no texto abaixo, copiado do site da Tenda de Umbanda Jesus de Nazaré.


"No fim de 1908, uma família de São Gonçalo – RJ, foi surpreendida por uma ocorrência que tomou aspectos sobrenaturais: o jovem Zélio Fernandino de Moraes, que fora acometido de estranha paralisia, que os médicos não conseguiam debelar, certo dia ergueu-se do leito e declarou: "amanhã estarei curado". No dia seguinte, levantou-se normalmente e começou a andar, como se nada lhe houvesse tolhido os movimentos. Contava 17 anos de idade e preparava-se para ingressar na carreira militar na Marinha. A medicina não soube explicar o que acontecera.

Os tios, sacerdotes católicos, colhidos de surpresa, nada esclareceram. Um amigo da família sugeriu então uma visita à Federação Espírita de Niterói, presidida na época por José de Souza. No dia 15 de novembro, o jovem Zélio foi convidado a participar da sessão, tomando um lugar à mesa. Uma força estranha dominou o jovem Zélio e ele falou, sem saber o que dizia. Ouvia apenas a sua própria voz perguntar o motivo que levava os dirigentes dos trabalhos a não aceitarem a comunicação daqueles espíritos e do por que em serem considerados atrasados. Seguiu-se um diálogo acalorado, e os responsáveis pela sessão procuravam doutrinar e afastar o espírito desconhecido, que desenvolvia uma argumentação segura. Um médium vidente perguntou: "Por quê o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram, quando encarnados, são claramente atrasados ? Por quê fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz ? E qual o seu nome irmão ?

E o espírito desconhecido falou: "Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa de meu aparelho, para dar início a um culto em que estes Irmãos poderão dar suas mensagens e, assim, cumprir missão que o Plano Espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque para mim não haverá caminhos fechados.” O vidente retrucou: "Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?” perguntou com ironia. E o espírito já identificado disse: "Cada colina de Niterói atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei."


No dia seguinte, na casa da família Moraes, na rua Floriano Peixoto, nº 30, ao se aproximar à hora marcada, às 20h, manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Declarou que naquele momento se iniciava um novo culto, em que os espíritos de velhos africanos que haviam servido como escravos e que, desencarnados, não encontravam campo de atuação nas seitas já deturpadas, dirigidas em sua totalidade para os trabalhos de feitiçaria; e os índios nativos de nossa terra, poderiam trabalhar em benefício de seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, a raça, o credo e a condição social. A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, seria a característica principal deste culto. O Caboclo estabeleceu as normas em que se processaria o culto. Sessões diárias das 20h às 22h; os participantes estariam uniformizados de branco e o atendimento seria gratuito. Deu, também, o nome do Movimento Religioso que se iniciava: UMBANDA – Manifestação do Espírito para a Caridade.


Casa Nossa Senhora da Piedade. Neste imóvel, que se localizava na rua Floriano Peixoto, nº 30,em Neves, Niterói – RJ iniciou-se a religião de Umbanda, onde o Caboclo das Sete Encruzilhadas anunciou o advento da única e genuína religião brasileira.